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"emaranhado"

Um jogo de palavras aberto às possibilidades de relação entre as ações de Natalia e as coisas que estão ao seu redor. Diários de bordo, mapas, macela, cosmos, erva-baleeira, folhas secas, folhas soltas, anotações, testes de impressão em linho, sobras de tintas em garrafas de vidro, mordentes, materiais, livros sublinhados, livros por ler.

Emaranhado é uma exposição que apresenta os processos relacionados às práticas de impressão botânica da artesã têxtil e antropóloga Natalia Seeger, a partir de elementos da sua casa-atelie-laboratório-engenho, localizada na Costa de Dentro, sul de Florianópolis.

A proposta da exposição reúne testemunhos do universo que compõe os fazeres de Natalia, apresentando intersecções entre os seus conhecimentos nas áreas de antropologia, moda, biologia e os saberes populares provenientes da região onde vive.

A partir de caminhadas em busca de plantas para serem coletadas e impressas em tecidos, Natalia cria estudos que não se prendem a nomenclaturas e classificações científicas. Seu interesse está em criar experimentações de coloração com os pigmentos das plantas em cada estação; em criar anotações sobre as interações entre essas espécies encontradas e entre elas e o meio; em coletar narrativas e trocar informações com os moradores sobre os usos e as características de cada planta. Um emaranhado de relações, coisas, conhecimentos, histórias e percepções que conformam impressões do seu entorno e de si, sugerindo no seu fazer artesanal, um conhecimento narrativo e autobiográfico.

Para além da coleta de plantas, esse “emaranhado” de informações, sinais, percepções e objetos constituem toda a forma de pensamento e prática da artesã. Criando malhas de relações entre diferentes áreas de conhecimento, Natalia produz uma narrativa que vai se emaranhando nas formas de ver, sentir, perceber e estar no mundo.

Emaranhado não se dá como uma exposição de ‘obras’ finalizadas ou como um resultado-fim, mas como uma exposição sobre um processo ou caminho, como um registro de deslocamentos, uma exposição-anotação à ser compartilhada. Uma forma de visualização e organização de um fazer que está acontecendo. Uma cartografia que sugere a importância de desacelerar a vida para perceber e dar atenção ao entorno, de valorizar saberes populares e ancestrais e de conhecer os espaços que habitamos para nos reconhecer.

Curadoria: Isadora Stähelin
Montagem: Isadora Stähelin e Natalia Seeger.
Abertura: sábado, 01 de setembro de 2018, às 15h.
Local: Nacasa Coletivo Artístico. R. José Francisco Dias Areias, 359.

11a edição da Strangloscope - Mostra Internacional de Áudio, Vídeo/Filme e Performance Experimental

O ateliê Natalia Seeger foi convidado pelo Duo Strangloscope para produzir um tecido com impressão botânica para que o texto de abertura da mostra Internacional de áudio, vídeo/filme e performance experimental fosse projetado. O tecido de algodão cru consistiu em 3 partes costuradas com um ponto intitulado "pulsar", por remeter a batimentos cardíacos. A tela foi produzida com impressão botânica utilizando flor cosmos, folha de goiabeira, de mamona, de cosmos, de melão da praia, gerânio, entre outras plantas.

A exposição ocorreu no MIS - Museu Da Imagem e do Som de SC no ano de 2018.

"a flor, o nó e a pólis"

exposição coletiva: "tramas"

Exposição coletiva realizada no "O sítio". Durante 1 mês de produção conjunta no ano de 2018 realizamos a gravação de um filme que retrata Florianópolis por um outro olhar, um olhar "não mercantil" que agrega dualidades da capital catarinense rica em belezas naturais, cultura material, trabalhos artesanais e também poluição, degradação ambiental e especulação imobiliária.

 

Durante as gravações tivemos o imenso prazer de conhecer Dona Onézia, rendeira local que através de suas habilidades manuais colore e adorna pessoas que estão ao seu redor. Produzi em conjunto com ela uma almofada de renda de bilro com as folhas de bananeira seca do meu quintal, e também com um tecido com impressão botânica produzido por mim. A renda fez parte da instalação da exposição, assim como três telas produzidas a partir da técnica de impressão botânica, onde cada tela representava uma parte de Florianópolis: "flor", "nó" e "pólis".

Os tecidos, instalação e algumas filmagens: Natalia Seeger

Filmagem e montagem: Eduardo Menezes
Produção: Luciana Ozório
Som e montagem: Augu Alenc

Mostra dos Resultados da 2ª edição dos Encontros de Criação Colaborativa em Arte e Tecnologia
Abertura: 8/11

Organização: Atelier Digital O Sítio

 

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